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11 tendências demográficas observadas no censo do IBGE

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11 tendências demográficas observadas no censo do IBGE

Atualizado por último em agosto de 2023

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, em junho deste ano, os tão aguardados resultados do Censo Demográfico 2022, oferecendo uma visão atualizada do cenário do país após mais de uma década de mudanças, desde a publicação do último censo.

Diante desses dados, identificamos 11 tendências demográficas que têm o potencial de impactar significativamente os negócios imobiliários, tornando-se um ponto crucial de atenção para o setor. Neste artigo, apresentamos cada uma delas.


01. Crescimento da população no interior

Uma observação significativa é que 65% do aumento populacional entre 2010 e 2022 ocorreu no interior, especialmente em cidades médias.


02. Perda populacional em alguns grandes centros urbanos

Os dados também demonstraram uma redução populacional em alguns grandes centros urbanos, como nas cidades do Rio de Janeiro (-1,7%), Porto Alegre (-5,4%) e Salvador (-9,6%), além de boa parte das regiões metropolitanas. Fatores como o aumento da percepção de insegurança e, principalmente, a diminuição do dinamismo econômico, contribuíram para esse crescimento demográfico negativo.


03. Regiões com maior crescimento econômico apresentaram grande expansão

Apesar da perda populacional em alguns centros urbanos, as regiões e cidades com maior crescimento econômico tiveram uma expansão notável. Esse é o caso da Região Centro-Oeste, que registrou um crescimento anual de 1,23%, enquanto o país como um todo cresceu apenas 0,52%.


04. Perda populacional em diversos municípios

Outro ponto observado é que 43% dos municípios brasileiros experimentaram uma diminuição em sua população. Essa divisão entre crescimento vegetativo positivo e negativo mostra-se bastante demarcada.


05. Crescimento no número de famílias e redução do tamanho delas

Enquanto a população cresceu 6,45% no período entre 2010 e 2022, o número de famílias aumentou 34%, alcançando pouco mais de 90 milhões de domicílios ocupados. Essa discrepância entre o crescimento da população e dos domicílios é explicada pela redução do tamanho médio das famílias, que passou de 3,31 para 2,79 pessoas por domicílio. Nota-se, portanto, uma tendência de famílias menores.


06. Grande queda da taxa de natalidade

Concomitantemente à redução do tamanho das famílias, observa-se uma acentuada queda da taxa de natalidade, indicando que o Brasil está bem abaixo da chamada taxa de reposição. Estima-se que a taxa de fecundidade esteja em 1,75 filhos por mulher, quando o mínimo para evitar um decréscimo populacional seria de 2,1 filhos.


07. População economicamente ativa com idade média de 40 anos

A idade média da população economicamente ativa (PEA) no Brasil está em torno de 40 anos, o que revela um rápido envelhecimento da população brasileira. Isso indica um claro crescimento do mercado sênior e destaca as consequências de uma melhor previsão previdenciária para as famílias. Estima-se que o nosso bônus demográfico deva encerrar por volta de 2035.


08. Crescente urbanização

Observa-se também uma crescente urbanização, com 5% das cidades brasileiras concentrando 56% da população. Isso demonstra que as cidades se tornam centros agregadores de demanda. É importante ressaltar que 05 estados abrigam 52% da população brasileira: SP, MG, RJ, BA e PR.


09. Crescimento de algumas capitais

Observando os dados, destaca-se também o crescimento de algumas capitais: São Paulo (1,8%), Brasília (9,6%), Manaus (14,5%), Curitiba (1,2%), São Luís (2,3%), Maceió (2,7%), Campo Grande (14,1%), Teresina (6,4%) e João Pessoa (15,3%).


10. Grande crescimento de alguns estados

Os estados que mais cresceram no Brasil foram Roraima (41,3%), Santa Catarina (21,8%), Mato Grosso (20,5%) e Goiás (17,5%). Esse fator favoreceu o forte desenvolvimento dos mercados imobiliários no período entre 2010 e 2022.


11. Altíssimo crescimento de algumas cidades

Por fim, é importante destacar as cidades que apresentaram o maior crescimento no período, impulsionadas, sobretudo, por dinamismo econômico:

  • Canaã dos Carajás (PA) – 188%
  • Abadia de Goiás (GO) — 177,56%
  • Extremoz (RN) — 150,60%
  • Goianira (GO) — 111,16%
  • Itapoá (SC) — 108,29%
  • Querência (MT) — 105,39%
  • Barra Velha (SC) — 102,68%
  • Satuba (AL) — 95,11%
  • Passo de Torres (SC) — 94,61%


Essas são 11 tendências demográficas observadas no Censo Demográfico do IBGE de 2022, que podem impactar o mercado imobiliário. É crucial que os agentes deste setor estejam atentos a essas mudanças para adaptarem e planejarem suas estratégias de forma eficiente.

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