Brain e ABRAINC divulgam pesquisa sobre intenção de compra

A Brain Inteligência Estratégica e a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) realizaram na manhã desta quinta-feira (26) o webinar Como está a intenção de compra de imóveis? No evento foi divulgado o resultado da recente pesquisa que ouviu cerca de 1.200 pessoas, de todas as regiões brasileiras, no período de 6 a 8 de maio. Os dados foram apresentados por Fábio Tadeu Araújo, CEO da Brain. Além da apresentação dos resultados, especialistas de mercado comentaram os dados da pesquisa. Participaram do debate Luiz Antonio França, presidente da ABRAINC; Renato Lomonaco, diretor da ABRAINC; Gustavo Félix, diretor executivo de marketing e vendas da Rodobens Negócios Imobiliários; Patrícia Valadares, diretora de desenvolvimento da GTIS Partners; e Tatiana Cequinel, presidente da Embraed Empreendimentos. 

A pesquisa, que é realizada sistematicamente, identifica, entre outros aspectos da intenção de compra, se a preferência é por imóvel residencial ou comercial; o tipo de imóvel desejado, por exemplo, casa ou apartamento; ou ainda se o imóvel é para investimento. Características da subjetividade do consumidor são também verificadas na pesquisa, as quais influenciam o consumidor quando se trata de intenção de compra.

Intenção de compra



Em relação à intenção de compra, Araújo lembrou que o ano de 2021 foi o melhor da história para o mercado imobiliário e que a intenção de compra nos primeiros meses de 2022, no patamar de 35%, está dentro do esperado, considerando que é um ano de desafios. “Com base na pesquisa, podemos dizer que atualmente são pelo menos 3 milhões de famílias visitando imóveis e stands, ou seja, para efetivamente fechar a compra”, analisou o CEO da Brain. Esta leitura representa segundo dados da pesquisa 4% dos respondentes. Além da busca nos stands e visitas, há um percentual significativo de interessados em comprar realizando buscas efetivas na internet, que chega ao patamar de 8%. Araújo destacou ainda, com base nos dados, que 34% dos entrevistados disseram querer fechar a compra em no máximo 12 meses. 

Seja qual for o objetivo da compra do imóvel, o consumidor entende que o produto imobiliário continua sendo um excelente ativo, essa é a análise do presidente da ABRAINC. Segundo ele, “imóvel é um investimento seguro, que traz rentabilidade e valorização ao patrimônio, portanto é uma excelente opção de investimento seja qual for a finalidade da compra”, disse França. 

Segmentos de mercado

A despeito dos desafios e do tempo um pouco mais estendido para algumas conversões, os diferentes segmentos de mercado e tipos de produtos imobiliários têm performado bem. O mercado de alto padrão, por exemplo, continua resiliente, é o que destacou a diretora da GTIS Partners. “Embora a velocidade de efetivação da venda tenha reduzido um pouco, o mercado de alto padrão continua respondendo muito bem, é um mercado único, é um mercado de oportunidade, que vai vender”, comentou Valadares. 

Nesta mesma linha analisa a presidente da Embraed Empreendimentos, com atuação em Balneário Camboriú (SC), o segmento de alto padrão na cidade. Segundo ela, um dos desafios deste mercado na cidade é ofertar produtos com maior velocidade. “Há uma demanda intensa por este tipo de imóvel, precisamos lançar muito rápido, aqui na cidade os negócios têm sido fechados em no máximo 30 dias”, destacou Cequinel.  

Sobre o mercado voltado para a classe média, Renato Lomonaco, diretor da ABRAINC, analisa que embora o segmento dependa de financiamento bancário (SBPE), o mercado está relativamente bem. “As pessoas podem até postergar um pouco a compra, mas continuam com interesse e percebem que o momento é de fechar a compra”, comentou. O diretor lembrou ainda que há procura por imóveis usados neste segmento e que o mercado é resiliente. 

Em relação aos produtos econômicos, o diretor da Rodobens Negócios Imobiliários aposta na qualificação dos produtos para este segmento e com isso uma trilha de crescimento. “Há uma tendência de valorização do produto, os clientes percebem valor no produto e isso influencia na decisão de compra. Estamos conseguindo rentabilizar mesmo num cenário que traz algumas incertezas. A qualificação do produto é, portanto, o diferencial no segmento”, analisou Félix. 

Características do desejo de compra

A pesquisa mostra que o imóvel residencial é aquele que está no topo do desejo de compra. Sair do aluguel, morar sozinho, ter uma casa maior e investimento são alguns dos aspectos que motivam e priorizam o interesse pelo imóvel residencial que, conforme a pesquisa, chega a 96%. 

O imóvel residencial é, sim, o de maior interesse do consumidor quando ele começa a pesquisar para comprar, mas há também outras características dentro da categoria residencial que guiam o desejo do consumidor na hora da compra, estamos falando do tipo de imóvel residencial que é o de desejo do comprador. A pesquisa mostra que 52% dos entrevistados preferem casa ou sobrado em rua. 

Investimento

Adquirir um imóvel com a finalidade de investimento, conforme identifica a pesquisa, é um dos aspectos que motiva o consumidor a realizar a compra, inclusive 13% dos respondentes disseram que têm ou já tiveram imóvel como investimento e 26% dos entrevistados possuem interesse num imóvel com a finalidade de investimento. 

A pesquisa registra os objetivos que levam o consumidor a investir no imóvel residencial, e três categorias aparecem em destaque: gerar renda com locação 43%, garantir reserva de valor patrimonial 38% e gerar valorização imobiliária para revenda futura 19%. 

Para conhecer outros dados da pesquisa sobre como está a intenção de compra de imóveis e acompanhar a análise dos especialistas, acesse o YouTube da Brain Inteligência Estratégica, inscreva-se e baixe nossos conteúdos.