Atualizado por último em abril de 2023
Especialista em comunicação
Desde 2018, o segmento de shopping center no Brasil vem apresentando crescimento em relação ao número de operações em funcionamento. O número de lojas físicas nestes espaços, no mesmo período, também aumentou. Esses são dados recentes da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) que mostram a evolução do setor.
É um desempenho favorável mesmo diante das adversidades econômicas pelas quais o país passou no período; além da pandemia, iniciada em 2020, que chegou inesperadamente e mudou tudo, inclusive a forma de consumo das pessoas. Todos esses eventos têm reflexo no segmento de shopping center.
Partindo deste cenário, a Brain, em parceira com o GRI Club, realizou nesta quinta-feira (6), webinar que teve como tema “novos hábitos e tendências de consumo no mercado de varejo”. O evento, que trouxe dados de uma pesquisa inédita sobre canais de varejo – online, rua e shopping –, além da preferência do consumidor por cada um dos meios, foi conduzido pelo CEO da Brain, Fábio Tadeu Araújo e teve as participações do copresidente da Ancar Ivanhoe, Marcelo Carvalho; do diretor de investimentos da Aliansce Sonae, Mauro Junqueira; do diretor de investimentos da HSI, Felipe Gaiad; do sócio e head de real estate da Vinci Partners, Leandro Bousquet; e do managing partner da Hedge Investments, Alexandre Machado.
Para mapear a frequência no shopping, além dos aspectos de consumo, a Brain realizou entre os dias 10 e 30 de março uma pesquisa com 1.200 pessoas, a partir de 18 anos, em 31 cidades do Brasil.
De acordo com os dados, no agregado da pesquisa 60% dos respondentes disseram que costumam ir ao shopping uma vez na semana, a cada quinze dias ou uma vez ao mês. A pesquisa identificou que o percentual de frequência pelo menos uma vez ao mês é bastante próximo entre as diferentes gerações, ficando na média de 30%.
Segundo os números, a atividade que sempre é realizada quando se vai ao shopping é consumir na praça de alimentação, foi dessa forma que responderam 52% dos entrevistados. Outras atividades são passear e olhar vitrine, 29% dos respondentes sempre fazem isso; realizar compras de produtos, 26% sempre compram e 12% sempre vão ao cinema.
O consumo online cresceu bastante nos últimos anos e o setor de shopping center aposta em diferenciais que o online não consegue entregar. Segundo o dirigente da Ancar Ivanhoe, “o online é uma realidade e é necessário conviver com ela, os shoppings precisam conhecer o consumidor e proporcionar a ele atributos que o online não tem. A jornada do consumidor no shopping é um lugar de experiências”, diz Carvalho.
“O propósito do shopping é servir e encantar o cliente”, disse o diretor de investimentos na Aliansce Sonae. De acordo com Junqueira, é preciso oferecer alternativas ao cliente, facilitar sua vida para chegar aos produtos e serviços que o shopping oferece.
O sócio e head na Vinci Partners considera que é a “combinação entre varejo e serviços o grande diferencial dos shoppings centers” e também cita a localização como fator importante. Para Felipe Gaiad da HSI, o aspecto da localização é também um dos diferenciais do shopping. “O fato de ser urbano favorece”, comenta.
A experiência que os ambientes de shopping center podem entregar ao público realmente é um dos diferenciais mais fortes do segmento quando comparado com outros meios varejistas, este é também o entendimento do managing partner na Hedge Investments, Alexandre Machado, que ainda destacou a capacidade de adaptação do empreendedor brasileiro do setor em relação a momentos adversos.
Para acessar outros dados da pesquisa e conhecer a análise dos especialistas do setor basta acessar aqui.