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Conteúdo corporativo: tarefa e obrigação de quem?

Rodrigo Correa de Barros
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Conteúdo corporativo: tarefa e obrigação de quem?

Atualizado por último em junho de 2022

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Rodrigo Correa de Barros

Especialista em Marketing Imobiliário

A velocidade nas mudanças de mentalidade, não raro, tem atropelado algumas empresas que, do dia para a noite se descobrem “obsoletas” no modo de fazer planejamento, na construção de sítios fabris ou no programa de desenvolvimento para novos produtos.

O que mais importa em uma empresa contemporânea, apontam os analistas, é sua substância. Um exemplo disso no efervescente mercado automotivo é a área de desenvolvimento de novos produtos da Toyota, cujos automóveis conseguem se projetar ano após ano, sendo reconhecidos como modernos de fato, contemporâneos e harmoniosos. A empresa é a maior em seu segmento: vale 345 bilhões de Reais, em conversão do dia.

Na construção civil, a busca pelo desenvolvimento de novos nichos tem forjado parcerias antes improváveis. Incorporadoras que foram concorrentes passaram a ter interesse mútuo, desenvolvendo empreendimentos e compartilhando resultados e esforços financeiros. Esse fenômeno aconteceu nos Estados Unidos nos anos 2010 e resolidificou o mercado imobiliário americano, desintegrado pela crise dos subprimes.

Gerar conteúdo corporativo não é, naturalmente, apenas fabricar notícias para o blog da empresa ou desenvolver campanhas para datas do comércio nas redes sociais. Trata-se de construir o posicionamento empresarial por áreas de atuação, é investir no constante aprimoramento das equipes profissionais e, acima de tudo, manter a marca em movimento contínuo, faturando, retroinvestindo e faturando de novo…

O desenvolvimento econômico estruturado que buscamos para as companhias brasileiras é semelhante ao que desejamos para a economia de mercado em escala nacional. Evidente que obter lucro é a diretriz central de uma empresa, mas não deve ser seu objetivo uno. Em um ambiente econômico saudável, obter resultados progressivos em uma empresa é colaborar diretamente para estruturar a macroeconomia. O desenvolvimento de sólidas redes de fornecedores, por exemplo, só ocorre com a certeza de que há continuidade dos negócios por, pelo menos, médio prazo.

Para se manter viva, portanto, uma empresa precisa gerar conteúdo técnico avançado e capacidades fabril, funcional e intelectual.

Essa forma de enxergar a dinâmica de negócios já teve outro nome no passado, quando dizíamos que a empresa precisava se “reinventar” constantemente para estar ativa por longo tempo.

O Brasil é um celeiro de cérebros empreendedores. Nossa história recente está permeada de casos de sucesso e inovação, repleta de histórias começadas no século dezenove e que ainda pulsam, ditando tendências, exportando riquezas, manufaturando produtos de ponta e criando serviços (apesar das absurdas condições tributárias e taxativas impostas por sucessivos governos acovardados). Mas há uma quebra na boa conexão do homem de negócios brasileiro com a economia do país, algo que pode comprometer o futuro das empresas nacionais: a falta de capacitação da mão de obra.

Segundo medições regulares da OIT, a perda de competitividade do empregado industrial brasileiro, por exemplo, é a mais relevante da América Latina no último quinquênio. É perda de musculatura fabril que ocorre no momento mais importante da revolução tecnológica!

E por mais que desejem, os executivos não tem conseguido custear a reeducação da mão de obra industrial. Os candidatos chegam ao primeiro emprego com deficiências relevantes em sua formação ética, técnica, intelectual e humana.

Ao governo brasileiro é destinada, via Constituição da República, a tarefa (sem escusas) de fomentar a economia. Devemos compreender, então, que é ao governo que cabe criar condições para o renascimento da indústria nacional, sacrificada, sucateada e saqueada como nunca – e de modo vil – nessa última década.

As companhias nacionais, conduzidas pelo espírito renovado das empresas de tecnologia, se esforçam para gerar conteúdo corporativo em um ambiente marcado pela infertilidade criativa, pelo fantasma do retrabalho, pelo mercado imprevisível e pela pesadíssima carga tributária.

Esse aspecto é o que nos conduz constantemente à temida estagnação econômica. Por isso voamos e logo aterrissamos, sem nunca decolar para voos mais longos.

A inabilidade governamental em criar condições para a produção de riquezas causa ao Brasil um prejuízo incalculável e impede o desenvolvimento da indústria e por consequência atrasa a evolução do brasileiro.

Em tempos de presença online massiva e de aceleração dos negócios em escala global, gerar conteúdo passa a ser também tarefa para bons administradores públicos.

*O conteúdo deste texto foi redigido por terceiros e pode não refletir a opinião da Brain Inteligência Estratégica

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