Atualizado por último em outubro de 2024
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No último mês, estivemos presentes no Incorpora, em São Paulo, para apresentar uma pesquisa inédita realizada em parceria com a Abrainc. O estudo abrangeu mais de 1.000 entrevistados de oito cidades do interior e doze capitais, trazendo insights sobre as expectativas e desafios da classe média em relação a compra de imóveis e suas expectativas para a nova gestão pública.
A pesquisa mostra que no primeiro semestre de 2024, o mercado imobiliário lançou um número similar de unidades ao mesmo período do ano anterior. A participação dos imóveis destinados à classe média, porém, diminuiu de 65% das unidades lançadas no 2T23 para 45% no 2T24. Essa redução nos lançamentos é ainda mais expressiva no mercado paulista, onde a queda foi superior a 40%.
Atualmente, a classe média é também a com menor intenção de compra de imóveis (40%), sendo quase 17% abaixo da média nacional. Essa baixa intenção está relacionada a dificuldades para conseguir um financiamento, dadas as altas taxas de juros, e a falta de acesso a subsídios que estimulem a compra. Dessa forma, além de uma baixa oferta de imóveis destinados a este público, há também barreiras financeiras para a aquisição do imóvel.
Um ponto de atenção é que apesar de considerarem bonito o design dos projetos, 64% dos entrevistados consideram os preços altos. Ainda, a maior parte deste público já espera um aumento sobre os preços (59%), o que criará um distanciamento ainda maior do sonho da casa própria. Já em relação ao dinamismo do mercado, as opiniões são mais divididas, com 23% avaliando este aspecto como forte e 26% como fraco. Algo similar ocorre em relação a oferta de imóveis para locação.
Em um cenário prévio às eleições – a pesquisa foi realizada em agosto/2024 – os dados apontaram que 76% das pessoas dariam seu apoio a prefeitos com a oportunidade de estimular o mercado imobiliário para aumentar a oferta e equilibrar os preços dos imóveis. Há também altas expectativas em relação a manutenção (46%) ou aumento (37%) da oferta de crédito imobiliário. Há ainda uma parcela significativa que está otimista (38%) em relação a realização de obras públicas que favoreçam o mercado imobiliário, mas boa parte não tem expectativas em relação ao assunto (44%).
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