
Atualizado por último em dezembro de 2022

Especialista em Comunicação
Temos ouvido bastante nos últimos tempos e os números confirmam: estamos passando mais tempo em casa desde que o mundo foi surpreendido pela pandemia do Coronavírus logo no início de 2020. De lá pra cá, o lugar onde moramos, além de sua finalidade original, foi ressignificado e tornou-se, além de moradia, escritório e continua servindo a esta função, pois muitas empresas brasileiras adotaram o sistema de trabalho híbrido e, por quase dois anos, a casa foi também transformada em local de aprendizagem formal: escola e universidade.
Esses novos usos fizeram com que mudássemos nossa relação com a casa, e não é exagero dizer que nos tornamos mais íntimos dela, isso porque, anteriormente à pandemia, saíamos de casa para cumprir nossas atividades externas e só voltávamos quando já era noite, como se dizia: “só vou pra casa para dormir”.
Pois bem, tudo mudou, e agora que passamos mais tempo em casa, a despeito dos acontecimentos que foram ficando para trás e dos novos usos do lugar onde moramos, queremos ter uma casa mais aprazível, confortável e conveniente para os membros da família e para todos que nela recebemos. Esta é uma mudança comportamental verificada entre os brasileiros de todas as regiões do país.
Numa recente pesquisa realizada pela Brain Inteligência Estratégica sobre “hábitos e motivações” na hora de decidir pela compra de um imóvel no Brasil, cerca de 90% dos entrevistados disseram que a “casa é o lugar onde mais gostam de estar”. Esse percentual se refere a pessoas de todas as regiões e considera as diferentes tipologias de imóvel.
E já que estamos passando mais tempo em casa e gostamos disso, também estamos priorizando que o lugar no qual moramos seja mais confortável e tenha boa conveniência. Essas características começaram a ficar em evidência sobretudo no período de pandemia, época em que se observou aumento na demanda de produtos e serviços relacionados a reforma e decoração da casa; tudo para deixá-la do jeitinho que gostamos.
Voltando à pesquisa, ela revela que o conforto e a conveniência são aspectos importantes para as famílias. A mobília, por exemplo, é um item levado em consideração para tornar a casa mais confortável. Entre os respondentes, 92% disseram que a casa é mobiliada levando em consideração o atributo conforto. Já o aspecto da conveniência é pensado, sobretudo, para que haja maior praticidade para os filhos e a família de modo geral. Foi dessa forma que 86% dos entrevistados responderam.
Por fim e não menos importante, se os amigos sempre foram bem-vindos em casa esta característica comportamental ficou mais proeminente. Em todas as regiões brasileiras, as famílias costumam receber os amigos em casa, portanto, mais um motivo para deixar tudo de um jeito muito bacana. A média nacional é de 79% dos brasileiros que gostam de receber os amigos em casa, com uma pequena variação acima da média para as famílias das regiões Sudeste e Sul, com percentuais de 80% e 84% respectivamente.
Se a casa se transformou no lugar onde desejamos passar mais tempo, então que possamos deixá-la com a nossa “cara”, afinal, nossa casa exprime muito de nossa personalidade e jeito de ser. Vamos aproveitá-la com a família e amigos!