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Brain | O metaverso pode nos unir?

O metaverso pode nos unir?

Rodrigo Correa de Barros
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O metaverso pode nos unir?

Atualizado por último em junho de 2022

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Rodrigo Correa de Barros

Especialista em Marketing Imobiliário

O metaverso, que mudou o propósito corporativo das empresas de Zuckerberg, não é novo, foi descrito pela primeira vez na década de 1990 e, embora fosse obra ficcional de Neal Stephenson, relatava com grande realismo um ambiente artificial para o qual convergia o mundo real. Naquele cenário virtual os homens mantinham estruturadas relações comerciais e pessoais.

O que inspira o empresário norte americano é o fato de ter em mãos – e em pleno funcionamento – as melhores ferramentas de integração do mundo real para o virtual. Suas plataformas sociais são o veículo ideal para a transformação do homem em avatar e não há dúvidas de que esbanjam potencial de integração humana e na formação de novas comunidades, como pretende ele, em um ambiente revolucionário.

O metaverso imaginado pela Meta é um mundo online, no qual é possível jogar, conversar, interagir em níveis mais intimistas, ter acesso ao entretenimento com conteúdo exclusivo, trabalhar e até fazer negócios de vulto.

No Brasil, a Embraer é uma das precursoras no conceito metaverso. Ao apresentar seus modelos aos clientes, em realidade virtual, a indústria consegue transportar o comprador para o habitáculo da aeronave, revelando detalhes de mobília, espaços customizados e cabine de comando antes mesmo de moldar uma só peça em fibra de carbono. Quase todas as vendas de jatos executivos são realizadas deste modo, sem a necessidade de um modelo demonstrativo real, ao custo de milhões de dólares.

Mas é também usando a realidade virtual que a empresa testa avanços de design aerodinâmico, novos materiais, encaixes de precisão, funcionalidade de painéis de comando e aplicabilidades de engenharia junto a fornecedores espalhados pelo planeta, a custo baixo e com assertividade singular.

O metaverso, portanto, já existe. Basta um empurrão para que se consolide como uma nova via de comunicação universal, uma forma que pretende ser integrativa a um nível não experimentado.

A integração digital vem sendo amplamente debatida em todos os países por conta da fusão cultural intensa e sem precedentes que temos experimentado. As misturas raciais, culturais, de crenças religiosas e de posições políticas tendem a ser aceleradas em um metaverso amplamente aceito. Resta, naturalmente, avaliar como serão os pontos de conflito que uma integração no nível pretendido poderá gerar.

Já o universo de negócios ganha nova vitalidade com a criação de espaços virtuais para a exposição de produtos e de serviços, além da possibilidade de treinamento, de gestão de pessoas e uma teórica melhoria no ambiente para o trabalho diário, via home office ou em descolamento.

O metaverso tornará possível, por exemplo, conduzir os marketplaces a um novo patamar, com lojas ambientadas para a realidade virtual e com a implantação e o aperfeiçoamento da arquitetura virtual, planejada para tornar mais agradável a experiência e a escolha dos produtos. Novas empresas de tecnologia irão surgir para atender a esse modo de vender e teremos novo impulso econômico digital.

Mas quem ganha, de fato, é o oriente que com crescimento vertiginoso na participação do comércio internacional terá um ambiente de negócios totalmente capilarizado: haverá um hub corporativo em cada cidade do mundo, habilitado a comercializar o selo made in China.

O metaverso representa, segundo os planos da Meta, o upgrade da internet e ele chega (não é acaso) ao mesmo tempo que a tecnologia 5G. Perceberemos uma aceleração sem igual no desenvolvimento de softwares, hardwares, aplicativos e IoTs.

Isso fará surgir uma filosofia de interação mais completa e dinâmica, formulada para aproximar pessoas de seus interesses e de outras pessoas com os mesmos interesses, usando para tanto os recursos gráficos mais avançados disponíveis, numa equilibrada mistura entre usuário, interfaces, design e ambiente criativo.

A ideia de um universo digital completo e convergente, uma vez consolidada, deve selar em definitivo um tempo de comunicação instantânea, absolutamente interativa e, agora, imersiva e de uma beleza sem similar.

O futuro da interatividade é virtuoso!

*O conteúdo deste texto foi redigido por terceiros e pode não refletir a opinião da Brain Inteligência Estratégica

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