Atualizado por último em dezembro de 2022
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Desde a escolha de um terreno propício até a aquisição de materiais de boa qualidade, o caminho da construção civil se encontra diversas vezes com o da natureza, pois é ela quem confere matéria prima para o que há de mais essencial dentro do mercado para tirar projetos do papel.
Só quem trabalha de perto com o mundo da construção civil sabe dos diversos desafios práticos que precisam ser superados para que uma construção seja bem feita. E a preocupação com os recursos naturais tem sido uma pauta cada vez mais recorrente dentro do setor.
Com isso em mente, nasceu a "green engineering" - ou "engenharia verde" -, com o intuito de trazer conceitos e práticas sustentáveis para dentro da construção civil.
Popularmente, a criação da Engenharia Verde é atribuída a dois pesquisadores da área - Julie B. Zimmerman, engenheira e pesquisadora de tecnologias sustentáveis internacionalmente reconhecida, e Paul Anastas, também pesquisador e cientista, conhecido como "pai da química verde".
Seu conceito, que envolve processos de design, comercialização e uso de processos e produtos, entre outros, é amplo e inovador, focado em aliar a defesa dos recursos naturais, e da natureza em si, com o progresso e desenvolvimento econômico gerados pela construção civil.
Além da atuação na escala macro, a Engenharia Verde também possui foco nos consumidores finais, no caso, nós mesmos, a partir da redução de poluição e geração de resíduos, diminuindo riscos para a saúde humana.
À primeira vista, pode parecer complexo desenvolver um projeto que, além de ser eficiente, também precisa cumprir critérios de desenvolvimento sustentável. Porém, a Engenharia Verde trabalha com diretrizes que representam um bom começo para a implantação dessa ideia.
Alguns desses princípios são:
Ou seja, a forma "verde" de se conceber um projeto não obriga engenheiros e construtores a abdicarem de seus conhecimentos prévios, mas sim promove a integração de conhecimentos para gerar soluções que levem em conta o meio ambiente.
Hoje, o mundo dos negócios é pautado principalmente pelas inovações e ideias originais, que vão muito além do modelo empresarial tradicional e por isso fica mais fácil listar o que a tecnologia não pode fazer pela Engenharia Verde.
O racionamento de energia elétrica e iluminação, apostas na energia solar e fontes de energia limpa, sistemas de ventilação cruzada, materiais ecológicos, sistemas de redução do consumo de água como captação de águas pluviais e reutilização da água, tratamentos de esgoto, entre outros, são bons exemplos do que a tecnologia já fez até agora.
Em pesquisa recente realizada pela Brain sobre proptechs e construtechs, descobriu-se que a Internet das Coisas (IoT), Smart Buildings e Smart Cities são algumas das tecnologias mais conhecidas do mercado e possuem grande potencial de serem ainda mais utilizadas no futuro.
O B32 é a prova de um grande êxito em termos de projeto que aliou a tecnologia em prol do lado "verde" da inovação. Então por que não começar a se inspirar nos conceitos de Engenharia Verde para os próximos projetos e deixar uma pegada mais sustentável para o futuro?