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Brain | Pesquisa inédita sobre compra de imóveis no Brasil é divulgada em webinar realizado pela Brain

Pesquisa inédita sobre compra de imóveis no Brasil é divulgada em webinar realizado pela Brain

Márcio Norberto
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Pesquisa inédita sobre compra de imóveis no Brasil é divulgada em webinar realizado pela Brain

Atualizado por último em novembro de 2022

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Márcio Norberto

Especialista em comunicação

A Brain Inteligência Estratégica, em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), realizou nesta quarta-feira (30) o webinar Mercado imobiliário: comportamento do consumidor e tendências para 2023. A realização foi transmitida pelo Canal da Brain no Youtube e apresentou dados da mais recente pesquisa sobre intenção de compra de imóveis no Brasil. A pesquisa ouviu cerca de 1.200 pessoas de todas as regiões. 

O evento foi mediado pelo sócio consultor da Brain, Marcelo Gonçalves e teve como convidados o presidente da ABRAINC, Luiz França e Renato Lomonaco, diretor de assuntos econômicos na mesma entidade; o CEO do Grupo Patrimar, Alex Veiga; o presidente do Grupo A. Yoshii, Leonardo Yoshii; a presidente do conselho de administração da BRZ Empreendimentos, Eduarda Tolentino; o diretor executivo da Longitude, Guilherme Bonini; e a CEO da Mitre, Sophia Marthins. 

Compra nos últimos doze meses

Em relação à compra de imóveis nos últimos doze meses, a pesquisa mostra que chegamos em novembro com uma variação positiva de 1% em relação à pesquisa anterior. O percentual acumulado até novembro chegou a 7%.

No que se refere ao tipo de imóvel comprado neste período, a pesquisa revela que 93% se referem a imóveis residenciais e dentro deste universo 47% dos imóveis comprados são apartamentos.

Quando a pesquisa confronta imóvel comprado versus imóvel que o consumidor deseja e, portanto, não realizou a compra, a tipologia de imóvel “casa e sobrado em rua” aparece com 64%. O motivo da compra foi também medido pela pesquisa, entre os respondentes 75% disseram que o imóvel comprado é para uso próprio e 25% realizaram a compra como forma de investimento.

Quanto ao preço do imóvel comprado, a pesquisa aponta para duas faixas de valores com percentuais de compra próximos. Imóveis com valores entre R$175 mil e R$300 mil foram adquiridos por 40% dos entrevistados. Já os imóveis com valor de até R$175 mil foram comprados por 37% dos respondentes.

A partir desses dados, o presidente da ABRAINC apresenta uma visão positiva do mercado imobiliário brasileiro, sobretudo em razão do deficit habitacional do país. “Para o futuro, para os próximos dez anos haverá necessidade de 11,5 milhões de moradias, então num país que se tem um deficit desta magnitude não há dúvidas de que é um setor que deve continuar crescendo”, destaca França.

De acordo com Lomonaco, as pessoas continuam com intenção de comprar um imóvel, mas a tendência é de que efetivem a compra no início do próximo ano. “Estamos agora num momento de transição de governo, os juros estão um pouco mais altos, então é natural que pessoas pensem um pouco mais na compra do imóvel e deixem para realizar no início do ano que vem”, comenta. 

Padrão econômico

No que se refere ao segmento econômico, que sofreu maior impacto de lançamentos devido à questão da viabilidade decorrente do aumento dos insumos e também do achatamento da renda do consumidor, Tolentino avalia que é importante reconhecer os momentos de dificuldade pelo qual passou o setor de imóveis econômicos, mas considera que no decorrer deste ano já foi possível identificar novos caminhos e perspectivas positivas para os produtos econômicos.

Segundo o executivo da Longitude, a intenção de compra existe nas pessoas, mas é preciso analisar o aspecto do poder de compra desse público, que veio perdendo valor ao longo do tempo. “Aqui estamos trabalhando para entregar o melhor produto para o nosso cliente, mas pensando que não podemos transformar o empreendimento com todas as características e desejos que todos querem num produto inviável do ponto de vista do crédito para o consumidor”, analisa Bonini.  

Médio e alto padrão

Segundo o presidente do Grupo A. Yoshii, que também opera no mercado de médio padrão, o ano de 2022 foi desafiador para esse segmento, sendo necessária gestão e desenvolvimento de produtos ajustados às condições do comprador. “Temos uma demanda reprimida neste mercado e buscamos desenvolver muito bem os produtos e direcioná-los ao público que está apto a consumir”, disse Yoshii.

Já no segmento de alto padrão, que tem um público mais resiliente, segundo Yoshii o mercado performou bem. “O público do alto padrão é aquele que busca o imóvel do desejo, então nos dedicamos para desenvolver bons projetos, buscamos as melhores localizações e isso fez com que tivéssemos um ano bastante positivo, o mercado continua comprador”. 

Ainda sobre o segmento de alto padrão, Veiga considera que há uma demanda reprimida. “Num determinado momento as pessoas ficaram observando o que iria acontecer do ponto de vista político, mas agora o que percebemos é que as incertezas e dúvidas estão arrefecendo”, disse o CEO. Ele avalia ainda que a baixa renda deve vir com tudo, especialmente pelo novo governo e devido ao deficit habitacional.

Novos comportamentos

Durante o período de pandemia e agora no pós-pandemia, a relação das pessoas com o imóvel mudou consideravelmente e aspectos que antes não eram tão valorizados passaram a ocupar lugar de destaque, é o que salientou a CEO da Mitre. “Hoje as pessoas têm um ou dois dias de home office, então aspectos como conforto acústico, área de lazer, entre outros têm muita relevância. O consumidor teve uma mudança de comportamento em relação a fatores que antes não eram importantes para ele”, comenta Marthins.

Para conhecer outros dados da pesquisa e acompanhar a análise dos dirigentes e executivos acesse o webinar Mercado imobiliário: comportamento do consumidor e tendências para 2023 no canal da Brain no YouTube, cadastre-se e baixe o conteúdo.


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