Atualizado por último em agosto de 2022
Especialista em Marketing Imobiliário
O provável final da pandemia causará um fenômeno social bastante interessante, senão por sua capacidade de mobilização das massas, por seus efeitos na macroeconomia.
O isolamento (com regras bastante rígidas de permanência em um mesmo ambiente) deve gerar o efeito de demanda reprimida em diversos segmentos, o que implica, naturalmente, numa elevação do faturamento das empresas que venceram a crise sanitária.
A demanda reprimida é um dos aspectos mais estudados da economia mundial contemporânea e seus efeitos estão associados ao comportamento social sendo, basicamente, o represamento coletivo do desejo de compra em um ou mais segmentos específicos, convertido em ação por conta de um cenário socioeconômico favorável.
No caso do Brasil, três aspectos fundamentam o fenômeno que, pela primeira vez em 30 anos, deve atingir quase todos os segmentos da economia. São eles:
Há, no entanto, um preocupante contraste social que assola o país nesse momento: o desemprego, fantasma das economias atuais, assombra o Brasil. Mais de um milhão e seiscentos mil perderam seus postos de trabalho durante o recesso causado pelo corona vírus, revelando a fragilidade do país diante dos reveses a médio prazo.
Há, ainda, a inércia de um governo que já deveria ter tomado o pulso da situação produtiva e posto em voga um plano de retomada econômica consistente. O ministro Guedes ainda apanha mais do que bate.
Tais fatores podem fazer da demanda reprimida, não o início de uma era virtuosa, mas apenas um pico de aceleração de consumo, mergulhando o país em um marasmo econômico logo a seguir.
O fim da pandemia se aproxima e com ele virá um novo tempo no qual será impossível para a gestão Bolsonaro camuflar resultados e esconder a inércia que é sua marca registrada.
E algo além se verá…
O Brasil irá cobrar de si mesmo o que insistia não ver antes do corona vírus.
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