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Brain | Tente não julgar, mas saiba que será julgado

Tente não julgar, mas saiba que será julgado

Adriane Werner
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Tente não julgar, mas saiba que será julgado

Atualizado por último em junho de 2022

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Adriane Werner

Sócia Diretora na AW Comunicação

Você provavelmente já passou por algum aperto por ter julgado ou ter sido julgado de forma injusta. Na área comercial, por exemplo, isso é bastante comum. São folclóricas as histórias de pessoas que contam que foram mal atendidas em alguma loja porque não estavam “bem vestidos” ou porque os vendedores consideraram que, com aquele visual, os visitantes não deveriam ser compradores.

Entre corretores de imóveis, já ouvi inúmeras histórias de surpresas no mínimo curiosas porque os atendentes se equivocavam ao julgar os clientes por sua aparência. Imagine a cena: corretores estão a postos no plantão, quando desponta um Fusca antigo. O carro é estacionado e dele desce um homem usando chinelos de dedo, camiseta de propaganda e bermuda um tanto puída. Os profissionais se entreolham e um empurra o cliente para o outro. “Pode atender!” “Não, agora é a sua vez.” Até que um deles decide atender o tal cliente e acaba fazendo a venda dos sonhos, em condições inimagináveis. No meio da conversa, o cliente comenta, por alto, que o Fusca é o carro de estimação e que, aos finais de semana, sua distração é lavar o carrão e sair para passear. Os imóveis à venda chamaram sua atenção e, então, ele decidiu parar e terminou comprando! Era um milionário excêntrico.

Mas, cá entre nós… Mesmo que não fosse um milionário excêntrico, deveria receber a melhor atenção dos vendedores. Até porque sabemos que os membros da classe média baixa estão entre os melhores pagadores, pois preservam seu nome como seu maior patrimônio – se perderem o crédito, ficarão com a vida estagnada.

Com tudo isso, o que quero dizer é que não devemos julgar pelas aparências. Primeiro, porque seria desumano. Segundo, porque podemos cometer injustiças e equívocos. Terceiro, porque podemos perder vendas!

Porém… Tem sempre um porém!

Mesmo nos esforçando para não julgar as pessoas, temos que saber que seremos julgados o tempo todo. É quase da natureza do ser humano julgar seu semelhante – e, pior, julgar a partir das primeiras impressões. Mudar a primeira ideia que se tem de alguém é raríssimo! Tendemos a proteger a tal primeira impressão, mesmo que a pessoa demonstre não ser o que pensávamos.

E então, como agir? Devemos nos preocupar em causar uma boa primeira impressão. A forma como nos apresentamos, a assertividade na postura, o tom acolhedor e firme da voz, as palavras escolhidas para o cumprimento, a adequação da roupa à circunstância… Tudo isso pode ajudar ou atrapalhar.

Em épocas de relacionamentos virtuais, reuniões remotas e exposição excessiva nas redes sociais, é importante também cuidar da imagem que se cria nos ambientes virtuais. O conteúdo das postagens, com posicionamento político, expressão de preconceitos ou vulgaridades, pode manchar sua imagem, mas, quando tudo isso é bem pensado e feito com responsabilidade, ajuda a fortalecer sua credibilidade.

E, claro, é importante frisar que não estou defendendo aqui que sejamos isentos, que não possamos assumir posicionamentos, mas sim que não devemos nos deixar levar pela cólera, entrando em discussões acirradas sem necessidade, buscando conflitos apenas com a intenção de “lacrar”, o que não leva a nada.

*O conteúdo deste texto foi redigido por terceiros e pode não refletir a opinião da Brain Inteligência Estratégica

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